A poucos passos da Av. De Mayo e 9 de Julio está o Museu Argentino da Magia, um lugar único na América Latina dedicado à arte do ilusionismo. Mais de 25 anos atrás, Martín Pacheco começou a coletar pôsteres de mágicos renomados. Seu hobby tornou-se tão copioso e único em seu tema que lhe rendeu uma exposição no Museu de Arte Decorativa. Esse foi o pontapé para projetar um espaço em que amadores mágicos, profissionais e o público em geral se encontrariam. Assim, em 2011 nasceu o Museu Argentino de Magia e seu bazar, onde você pode comprar gadgets para despertar a ilusão dos céticos e participar de cursos de magia.

O museu também tem uma das mais completas bibliotecas de magia em espanhol do mundo, e litografias originais do século XIX, entre as quais estão peças do francês Jules Chéret, um dos melhores litógrafos de cor e artista publicitário. Mas, sem dúvida, o protagonista do lugar é David Bamberg, mais conhecido como Fú Manchú (1929-1974), mágico britânico, sétimo e última geração da família bruxa de Bamberg.

Fú Manchú chegou à cidade no final dos anos 20, apresentando seus shows mundialmente famosos. Buenos Aires o enfeitiça e decide continuar sua carreira aqui até os anos 60, quando montou seu próprio negócio e escola de magia. Seu trabalho impulsionou o desenvolvimento da magia na Argentina, tornando-se um mentor para novos ilusionistas. Os objetos que decoraram seu lugar e os numerosos aparelhos utilizados em seus espetáculos, como La novia de fuego, Metamorphosis e Trifle of triple escape, fazem parte da coleção permanente. Você também pode encontrar trajes, baús, shows e gravações, entre os quais a história de seu encontro em Nova York com Harry Houdini, o escapista austro-húngaro que se metamorfoseou em seu assistente.